Depois de muito tempo sem postar, 15 posts começados mas nunca finalizados, e uma ferrugem que cobre toda vinha veia escritora, eis que aqui estou. Ou não (vamos ver se chego até o final deste post).
O que me motivou a voltar a escrever é exatamente sobre aquilo que pretendo falar hoje. Muitos já devem conhecer o TED (Technology, Entertainment, Design), uma organização sem fins lucrativos que desde 1984 reúne pessoas das três áreas para falar em menos de 18 minutos sobre alguma boa ideia.
Neste último sábado tivemos uma edição desse evento aqui, o TEDx CaxiasDoSul. Das 10 da manhã até as 17 horas, 15 pessoas compartilharam um pouco de suas ideias para um público de 100 pessoas. Parece muito, mas achei que foi na medida. A grande maioria se encaixou direitinho no desafio proposto, o de em tão pouco tempo, compartilhar e disseminar uma boa ideia. Outras pouquíssimas, para mim, soaram mais como marketing pessoal ou empresarial do que qualquer outra coisa.
Entre as que mais gostei, destaco a de Lela Zaniol do site Destemperados. E não foi só por causa da distribuição de um pastel delícia que gostei dela. Mas sim pelo tom de simplicidade que ela deu ao seu discurso, sendo ela, a simplicidade, o foco. Como assim? Lela e os amigos criaram um blog, sem compromisso, para dividir suas experiências gastronômicas. Falar sobre aquilo que gostam, sem nenhum compromisso com o "toque amadeirado do sabor da carne". Simplesmente dizer o que acharam do lugar, da comida, dividir essa vivência com quem tivesse interesse. E o que era brincadeira virou negócio. Simples assim.
Outra que me chamou a atenção foi do fotógrafo Gustavo Vanassi, do Studio 7, que deu um conselho para aqueles que, como eu, e provavelmente todo mundo, acha que tem pouco tempo para fazer tudo. Acha não. Na verdade, todos temos certeza. Vanassi diz que ouviu em um curso algo que levou pra vida toda e que, provavelmente muitos que estavam presentes também vão levar. Algo como "é impossível esticar o tempo. O que dá pra fazer é ampliar." Como assim? Ora, simplesmente intensifique o momento vivido. Lendo assim, parece um daqueles clichês meeeeega chatos, típicos de power point recebidos por e-mail. Mas faz todo sentido do mundo. É uma daquelas verdades que a gente sabe que tem que fazer, mas não sabe como. Ele exemplificou com a fotografia, sua área. Pra quê fazer mil cliques de tudo, se as fotos vão acabar naquela pasta esquecida no computador, esperando eternametne pra ser revelada ou postada ou sei lá? Faça apenas uma que represente o momento vivido. Simples assim.
Na verdade, simplicidade foi o link entre todas as palestras. TODOS palestrantes, sem nenhuma exceção, mencionaram a palavara "simples" em algum momento. Outras muitas também me chamaram a atenção: Luciano Balen falando não só do Projeto Ccoma, mas também sobre trocar de profissão aos 29 anos e ir atrás do sonho de ser músico. Também destaco o Eduardo Pandolfo , o Sylvio Ribeiro. e o Sechaus. Se quiserem saber mais, só acessar o site do O Caxiense, que dá um resumão do que cada um falou. Só não vou comentar mais porque senão, esse post vai se juntar aos outros 15 que estão lá, começados e não terminados. Simples assim.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Sobre parar pra ver se a terra parou O.o
Remakes não fazem meu tipo de filme. A crítica detonou o roteiro e a atuação de Keanu Reeves. Amigos me disseram que era uma decepção. Mas como sou da opinião de que a gente só fala depois de conhecer, era hora de tirar a prova. Aproveitei o tempinho frio e parei para assistir "O Dia em que a Terra Parou"(The Day The Earth Stood Still, 2008), com a direção de Scott Derrickson, que já esteve à frente de filmes como "Hellraiser 5" e "O Exorcismo de Emily Rose".
A história: Um objeto se aproxima do planeta Terra em alta velocidade. Cientistas renomados dos EUA são apanhados em casa de forma urgente e ultramegasecreta. Em apenas 78 minutos o dito objeto atingirá nada mais nada menos do que Manhattan (uuuuh, sério?). Não há como evacuar o local e o impacto é iminente. Eles são escalados para analisar as consequências do desastre e como lidar com ele depois, se sobreviverem. Entre o grupo está a astrobióloga Helen Benson (Jennifer Connelly), viúva e madrasta de Jacob (Jaden Smith).
O objeto - uma esfera brilhante - ao invés de se chocar com a terra, estaciona no Central Park. Dela sai um robô gigante (Gort) e também Klaatu (Keanu Reeves), um extraterrestre que mal põe os pés na terra e é alvejado por militares, que não sabem nada sobre as intenções dos visitantes. Klaatu sobrevive e é levado para análise. Em pouco tempo se percebe que ele tem a forma de um humano.
Preocupada com o futuro do mundo e da civilização (ou seja, dos EUA), a secretária da defesa norte americana Regina Jackson (Kathy Bates) quer interrogá-lo de qualquer forma e saber o que pretende. Ele simpatiza mais com Helen, que dá uma mãozinha na sua fuga. A missão de Klaatu é proteger o planeta Terra. Que não está nada bem, graças aos humanos. Então... é hora de cortar o mal pela raiz e acabar com a espécie. (isso me lembrou de um post antigo). Helen deve convencê-lo de que afinal de contas, os humanos são legais e merecem outra chance.
1) Achei o argumento do filme fraco. "precisamos acabar com os humanos já que estão acabadno com Terra". Fala sério! Se o problema é esse, detona toda a galera de uma vez sem dar muita explicação.
2) Jennfier Connelly como "a representante da raça humana", que deve convencer Klaatu que há ainda há esperança e que podemos mudar não convence ninguém. Só não é mais inexpressiva que o próprio Keanu Reeves. Mas ele é um alien e não tem que dar satisfação da sua expressão pra ninguém.
3) Acho uma graça o Jaden Smith. Um fofinho... mas que não precisava estar ali. Sério. Não faria falta. Vou te contar... que mania de colocar crianças em filmes de catástrofes naturais para "sensibilizar"... Boooo-ring!
4) Aposto que o Mc'Donalds pagou uns bons lanches pra equipe técnica. Impossível escapar do merchandising, que invade todos os programas e filmes, mas achei que ficou muito escrachado.
5) O robozão Gort soou mais como uma homenagem a primeira versão de 1951. Não teve destaque e não mostrou a que veio.
Resumindo: não gostei. Recomendo para quem gosta de uma ficção sem pretensão ou desses filmes-catástrofes. Para ficção científica não serve.
"O Dia em que a Terra Parou" (2008)
Gênero: Drama / Ficção
Direção: Scott Derrickson
Elenco: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Kathy Bates, Jaden Smith..
País: EUA
Duração 103 min.
A história: Um objeto se aproxima do planeta Terra em alta velocidade. Cientistas renomados dos EUA são apanhados em casa de forma urgente e ultramegasecreta. Em apenas 78 minutos o dito objeto atingirá nada mais nada menos do que Manhattan (uuuuh, sério?). Não há como evacuar o local e o impacto é iminente. Eles são escalados para analisar as consequências do desastre e como lidar com ele depois, se sobreviverem. Entre o grupo está a astrobióloga Helen Benson (Jennifer Connelly), viúva e madrasta de Jacob (Jaden Smith).
O objeto - uma esfera brilhante - ao invés de se chocar com a terra, estaciona no Central Park. Dela sai um robô gigante (Gort) e também Klaatu (Keanu Reeves), um extraterrestre que mal põe os pés na terra e é alvejado por militares, que não sabem nada sobre as intenções dos visitantes. Klaatu sobrevive e é levado para análise. Em pouco tempo se percebe que ele tem a forma de um humano.
Preocupada com o futuro do mundo e da civilização (ou seja, dos EUA), a secretária da defesa norte americana Regina Jackson (Kathy Bates) quer interrogá-lo de qualquer forma e saber o que pretende. Ele simpatiza mais com Helen, que dá uma mãozinha na sua fuga. A missão de Klaatu é proteger o planeta Terra. Que não está nada bem, graças aos humanos. Então... é hora de cortar o mal pela raiz e acabar com a espécie. (isso me lembrou de um post antigo). Helen deve convencê-lo de que afinal de contas, os humanos são legais e merecem outra chance.
1) Achei o argumento do filme fraco. "precisamos acabar com os humanos já que estão acabadno com Terra". Fala sério! Se o problema é esse, detona toda a galera de uma vez sem dar muita explicação.
2) Jennfier Connelly como "a representante da raça humana", que deve convencer Klaatu que há ainda há esperança e que podemos mudar não convence ninguém. Só não é mais inexpressiva que o próprio Keanu Reeves. Mas ele é um alien e não tem que dar satisfação da sua expressão pra ninguém.
3) Acho uma graça o Jaden Smith. Um fofinho... mas que não precisava estar ali. Sério. Não faria falta. Vou te contar... que mania de colocar crianças em filmes de catástrofes naturais para "sensibilizar"... Boooo-ring!
4) Aposto que o Mc'Donalds pagou uns bons lanches pra equipe técnica. Impossível escapar do merchandising, que invade todos os programas e filmes, mas achei que ficou muito escrachado.
5) O robozão Gort soou mais como uma homenagem a primeira versão de 1951. Não teve destaque e não mostrou a que veio.
Resumindo: não gostei. Recomendo para quem gosta de uma ficção sem pretensão ou desses filmes-catástrofes. Para ficção científica não serve.
"O Dia em que a Terra Parou" (2008)
Gênero: Drama / Ficção
Direção: Scott Derrickson
Elenco: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Kathy Bates, Jaden Smith..
País: EUA
Duração 103 min.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Sobre a espera
"Preciso atualizar o blog.... preciso atualizar o blog... preciso atualizar... preciso.... blog.... preciso o quê mesmo?"
A espera por uma hora de folga é constante. E quando essa brecha de tempo acontece, prometo pra mim mesma que vou escrever alguma coisa. Qualquer coisa. Mas como boa brasileira que sou, hora de folga é hora de folga e ponto. De tudo. Em especial do computador.
E para reativar o blog (e possivelmente desativar de novo) nada melhor do que um vídeo que trata entre outras coisas sobre... a espera! Achei muito interessante. O vídeo mostra a final do programa Ukraine's got Talent 2009. A moça chama-se Kseniya Simonova, tem 24 anos e faz arte com areia em tela iluminada. Ela conta de forma criativa e emocionante uma história sobre a segunda guerra mundial, época em que a Ucrânia teve milhões de civis mortos. Segundo matéria no site do Guardian, a moça concorreu apenas para ajudar uma criança que precisava fazer uma cirurgia. Embolsados £80,000 de prêmio, ela comprou uma casa em sua cidade e faz caridade para crianças.
A espera por uma hora de folga é constante. E quando essa brecha de tempo acontece, prometo pra mim mesma que vou escrever alguma coisa. Qualquer coisa. Mas como boa brasileira que sou, hora de folga é hora de folga e ponto. De tudo. Em especial do computador.
E para reativar o blog (e possivelmente desativar de novo) nada melhor do que um vídeo que trata entre outras coisas sobre... a espera! Achei muito interessante. O vídeo mostra a final do programa Ukraine's got Talent 2009. A moça chama-se Kseniya Simonova, tem 24 anos e faz arte com areia em tela iluminada. Ela conta de forma criativa e emocionante uma história sobre a segunda guerra mundial, época em que a Ucrânia teve milhões de civis mortos. Segundo matéria no site do Guardian, a moça concorreu apenas para ajudar uma criança que precisava fazer uma cirurgia. Embolsados £80,000 de prêmio, ela comprou uma casa em sua cidade e faz caridade para crianças.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sobre a fé
Quando eu era pequena, minha mãe trabalhava fora e eu passava minhas tardes no apartamento da minha vó. Eu passava meu tempo lendo gibis, escrevendo na máquina de escrever, decorando as capitais do mundo, enfim... coisas que crianças normais (não) fariam. Era comum eu estar na cozinha, o interfone tocar e a vó pedir pra eu ficar sentada quietinha ou ir pra sala enquanto chegava a visita. (Não, ela não era traficante). Ela preparava o tijolo, a vela e a xícara com água benta. Era hora da benzedura.
Enquanto ela falava as rezas baixinho, fazendo gestos com a vela, eu me segurava pra não rir. Nunca entendi aquele monte de coisas que ela falava. Achava graça naqueles sussuros indecifráveis. Benzer das bichas? Cobreiro? Bugre? Vai entender... Sei que tempos depois, era comum aparecerem presentes, principalmente frutas, legumes. Tudo isso como forma de agradecer a graça atendida, o mal que foi curado.
Os anos passaram, minha vó não está mais aqui, mas tive uma oportunidade de entender melhor algumas coisas sobre ela. Acabei de sair da estreia do documentário A Sagração do Cotidiano Benzeduras, dirigido pela Janete Kriger, roteiro da Alessandra Rech e produção da Spaghetti Filmes. Tive a alegria de ajudar na produção desse trabalho, visitar os personagens e entender um pouco mais sobre essa prática.
O documentário é um registro de uma tradição que até hoje existe, mas que aos poucos tende a acabar. Seis benzedeiros contaram e mostraram um pouco sobre essa rotina de "curar através das palavras". Em sua grande parte, senhoras que aprenderam muito cedo a benzer e hoje não tem a quem repassar esses conhecimentos pela falta de interesse. As pessoas aparecem sempre por indicação de alguem, na esperança de curar males que nem médicos consguiram. Nunca se cobra, as pessoas doam se quiserem, o que quiserem. A missão dessas pessoas é fazer o bem com palavras.
Para quem perdeu a primeira sessão, tem repeteco no domingo, dia 9, às 18h30min, na sala de cinema do Centro de Cultura Ordovás.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Sobre a gripe oinc
Caxias do Sul não tem outro assunto: só se fala na gripe A.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou no final da tarde de ontem diversas recomendações para a população. Uma das que mais gerou dúvidas foi o uso das máscaras. Quem deve usar? Onde? Por quanto tempo?
Por enquanto, o uso dessas máscaras só é indicado para ambientes fechados, onde há atendimento ao público, como bancos e hospitais. Alguns motoristas de ônibus também estão aderindo ao uso. Mas esse novo acessório, convenhamos, não é dos mais bonitos.
A designer americana Irina Blok criou máscaras com design original para quem gosta de ser "fashion". Ou seja, até na crise a criatividade sempre tem espaço.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou no final da tarde de ontem diversas recomendações para a população. Uma das que mais gerou dúvidas foi o uso das máscaras. Quem deve usar? Onde? Por quanto tempo?
Por enquanto, o uso dessas máscaras só é indicado para ambientes fechados, onde há atendimento ao público, como bancos e hospitais. Alguns motoristas de ônibus também estão aderindo ao uso. Mas esse novo acessório, convenhamos, não é dos mais bonitos.
A designer americana Irina Blok criou máscaras com design original para quem gosta de ser "fashion". Ou seja, até na crise a criatividade sempre tem espaço.
domingo, 5 de julho de 2009
Sobre a síndrome dos 20 e tantos
Recebi esse texto por e-mail. Não tem autor, nem nada e geralmente não curto esses textos com tom de 'autoajuda'. Mas coloco aqui porque acho impossível não se identificar.
"A síndrome dos 20 e tantos"
A chamam de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'… E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, à noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também realmente ame alguém, mas simplesmente não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer realmente estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e talvez não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou talvez esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas à sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível. Outras… apenas com medo e confuso (a). De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 17-18 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego...
"A síndrome dos 20 e tantos"
A chamam de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'… E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer realmente estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e talvez não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou talvez esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas à sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível. Outras… apenas com medo e confuso (a). De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 17-18 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego...
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sobre formar jornalistas (II)
Confesso pra vocês que não lembro porque cargas d'água eu assinalei a opção "jornalismo" quando eu fiz vestibular. Juro, não lembro. Sou super envergonhada pra falar com estranhos, super insegura pra expor minha opinião, minhas notas em português não chegavam a 10, mas com certeza eram melhores que as de química, física e matemática.
Mas a escolha foi feita. Veio o vestibular, o listão, a matrícula e lá vamos nós.
Entre dúvidas, quase desistência, etc, etc, já foram quase seis anos. Gente... SEIS ANOS! Todo esse tempo eu investi em algo que, confesso, ainda não tenho certeza se vou seguir quando formada. E não foi só dinheiro, foi tempo, foi estudo, foi muita coisa. E passei todo esse período reclamando muito. Reclamando da qualidade do curso, dos colegas, dos professores, de tudo. Tudo era motivo pra descontentamento. (Ou seria rabugice da minha parte?) Sempre achei a maior várzea do mundo. Digo até hoje que desaprendi a estudar na faculdade de jornalismo. Muita coisa foi levada "nas coxas", outras tantas faltou empenho da minha parte e vontade de alguns professores.
Ano passado ou retrasado, nem lembro mais, em uma aula de radiojornalismo, recebi um texto - se não me engano do Eduardo Meditsch - daqueles gigantes, que não dá vontade de ler e entender. Mas fiz um esforço. Li e reli umas três vezes. Só ali eu percebi a importância do jornalismo. A carga de responsabilidade que um profissional desses tem: o compromisso social em apurar e relatar fatos com veracidade e de uma forma universal de entendimento. Parece pouco, mas não é não. Novamente, com o argumento de que eu não sirvo pra isso, que é muita pressão, é muita coisa pra minha pobre cabeça, etc, etc, ameacei largar o curso pela 298372187356ª vez. Mas, com o mesmo e antigo argumento de que eu não sabia o que fazer, continuei.
Hoje faltam apenas 15 cadeiras para eu conseguir meu diploma. Ou seja: minha incerteza só piorou. Com a decisão tomada pelo STF na última quarta-feira, decretando a não-obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, fiquei confusa. E agora, José? Ou melhor, Gilmar? Afinal de contas... esse pedaço de papel que eu estou buscando serve pra alguma coisa?
Olha... primeiro que, olhando pra trás, não é só o pedaço de papel. A formação que eu tive, mesmo que em determinados momentos a instituição foi falha e a minha busca rasa, não foi em vão. Ora veja, estou até tomando partido em algo! Saí de cima do muro e estou dizendo: quero que esse diploma tenha um valor, tenha um diferencial.
Sei que isso irá contar de qualquer forma no mercado. Sei também que a competência do profissional vale mais (porque todo mundo sabe que temos analfabetos funcionais com o diploma pendurado na parede). Mas abrir esse mercado - que já está saturado - acaba piorando a situação que já vivemos hoje: a do compromisso com a informação correta e com a forma que é passada. Regulamentar o exercício da profissão já era difícil. Agora, acredito que vai piorar nessa "terra de ninguém".
Ainda não sei se vou exercer a profissão. Mas se isso ocorrer, com certeza sei como. E mesmo com todas as falhas no ensino - um outro assunto a ser discutido - posso dizer que devo muito disso à faculdade, aos professores e aos colegas. Até porque, a gente aprende não só o bom como o mau jornalismo. E aí sim, vai da ética de cada um.
O assunto é extenso e acabei não colocando nem metade do que queria expor. Há muitas divergências, excessões e etc que outra hora talvez eu coloque aqui. Mas por enquanto a discussão continua e a manifestação também.
Mas a escolha foi feita. Veio o vestibular, o listão, a matrícula e lá vamos nós.
Entre dúvidas, quase desistência, etc, etc, já foram quase seis anos. Gente... SEIS ANOS! Todo esse tempo eu investi em algo que, confesso, ainda não tenho certeza se vou seguir quando formada. E não foi só dinheiro, foi tempo, foi estudo, foi muita coisa. E passei todo esse período reclamando muito. Reclamando da qualidade do curso, dos colegas, dos professores, de tudo. Tudo era motivo pra descontentamento. (Ou seria rabugice da minha parte?) Sempre achei a maior várzea do mundo. Digo até hoje que desaprendi a estudar na faculdade de jornalismo. Muita coisa foi levada "nas coxas", outras tantas faltou empenho da minha parte e vontade de alguns professores.
Ano passado ou retrasado, nem lembro mais, em uma aula de radiojornalismo, recebi um texto - se não me engano do Eduardo Meditsch - daqueles gigantes, que não dá vontade de ler e entender. Mas fiz um esforço. Li e reli umas três vezes. Só ali eu percebi a importância do jornalismo. A carga de responsabilidade que um profissional desses tem: o compromisso social em apurar e relatar fatos com veracidade e de uma forma universal de entendimento. Parece pouco, mas não é não. Novamente, com o argumento de que eu não sirvo pra isso, que é muita pressão, é muita coisa pra minha pobre cabeça, etc, etc, ameacei largar o curso pela 298372187356ª vez. Mas, com o mesmo e antigo argumento de que eu não sabia o que fazer, continuei.
Hoje faltam apenas 15 cadeiras para eu conseguir meu diploma. Ou seja: minha incerteza só piorou. Com a decisão tomada pelo STF na última quarta-feira, decretando a não-obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, fiquei confusa. E agora, José? Ou melhor, Gilmar? Afinal de contas... esse pedaço de papel que eu estou buscando serve pra alguma coisa?
Olha... primeiro que, olhando pra trás, não é só o pedaço de papel. A formação que eu tive, mesmo que em determinados momentos a instituição foi falha e a minha busca rasa, não foi em vão. Ora veja, estou até tomando partido em algo! Saí de cima do muro e estou dizendo: quero que esse diploma tenha um valor, tenha um diferencial.
Sei que isso irá contar de qualquer forma no mercado. Sei também que a competência do profissional vale mais (porque todo mundo sabe que temos analfabetos funcionais com o diploma pendurado na parede). Mas abrir esse mercado - que já está saturado - acaba piorando a situação que já vivemos hoje: a do compromisso com a informação correta e com a forma que é passada. Regulamentar o exercício da profissão já era difícil. Agora, acredito que vai piorar nessa "terra de ninguém".
Ainda não sei se vou exercer a profissão. Mas se isso ocorrer, com certeza sei como. E mesmo com todas as falhas no ensino - um outro assunto a ser discutido - posso dizer que devo muito disso à faculdade, aos professores e aos colegas. Até porque, a gente aprende não só o bom como o mau jornalismo. E aí sim, vai da ética de cada um.
O assunto é extenso e acabei não colocando nem metade do que queria expor. Há muitas divergências, excessões e etc que outra hora talvez eu coloque aqui. Mas por enquanto a discussão continua e a manifestação também.
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