quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sobre as pequenas coincidências da vida


Se li mais de 5 livros sobre jornalismo durante esses anos de faculdade estarei mentindo. Amo ler. Estou sempre lendo. Até bula de remédio. Mas livro de reportagem, só li o do Pedro Bial (sim sim, vou ler Rota 66 e Abusado algum dia, eu prometo!). Não que eu não goste, mas sempre aparece algo mais interessante na frente. As pessoas adoram me emprestar ou dar livros. Aí, esses sempre tem prioridade de leitura.

No início do an
o ganhei do meu Excelentíssimo um desses livros-reportagem. Como era de história, tempos da ditadura, etc., ele acabou conquistando o próximo lugar na minha lista de livros a serem lidos. Há mais ou menos um mês comecei. Como só leio no ônibus ou antes de dormir, estou ainda na metade. Ia comentar sobre ele só quando terminasse (e talvez faça isso quando eu acabar). Mas essas coincidências da vida me levaram a falar dele antes.

"O Seqüestro dos Uruguaios" do Luiz Cláudio Cunha é um relato sobre os tempos da ditadura, tendo como matriz o sequestro de Lílian Celiberti e Universindo Dias em Porto Alegre. Um caso de fracasso da Operação Condor em que o jornalista acabou não sendo só relator mas testemunha do fato. Minha primeira surpresa: o escritor é caxiense. Mais um ponto para despertar meu interesse [gaúcho que é gaúcho
é bairrista no seu íntimo... ui ui ui].

Hoje teve palestra na UCS. [Como de praxe, apareceu uma dúzia de estudantes de jornalismo, dos duzentos e tantos. Incrível como, no geral, estudante de jornalismo da UCS odeia palestra. Só vai quando é cobrado em aula. E isso é assim desde as antigas, segundo os velhos formados. Caso pra se estudar.]
Enfim, o convidado de hoje é o editor de fotografia da ZH, Ricardo Chaves, o "Kadão". Peraí.... Ricardo Chaves? Já li em algum lugar.... Putz! É um dos caras que está no livro, que participou da história toda!

Ok, podem não achar grande coisa. Mas acho muito bacana quando acontece essas pequenas coincidências da vida. E o cara por si só é uma figura: na faixa dos 60 anos, barbudo, óculos, suspensório, cachimbo,
daqueles que adoramcontar um bom 'causo'. (Se quiser conhecer mais da vida dele, no Coletiva.net tem um pouco da biografia). Ele clicou momentos importantíssimos dos últimos 40 anos do Brasil. Pra quem curte fotojornalismo, foi uma baita aula. E ainda, ao conversar com ele sobre o livro, era empolgante, pois ele já ia puxando mais uma dezena de outras histórias. É nesses raríssimos momentos que não sinto tanto arrependimento por ainda estar por essas bandas.

Foto: Jefferson Bottega

domingo, 24 de maio de 2009

Mais de um mês que não dou as caras por aqui.
Não tem jeito. Não consigo manter um maldito blog.

O motivo? Simples... não tenho nada de útil para escrever. E aí eu me sinto culpada por não ter nada de útil pra escrever. E me sinto culpada quando posto algo inútil. Resumo da ópera: nada acontece.

Tenho diversos textos começados mas que não chegam a lugar nenhum. Quando tenho a ideia, começo a escrever, as coisas começam a sair. Mas chega num determinado momento em que me questiono sobre o que está colocado aí. É a informação exatamente correta? Se formos pensar por outro ângulo, não é diferente? E se eu estiver sendo hipócrita ao questionar? Por que eu penso assim e não dessa maneira? Isso é realmente bacana? Não posso mudar de opinião? E se ...?

E por isso deve ser tão difícil ser jornalista. Mesmo que ninguém leia, o questionamento interno é tão avassalador quanto a opinião pública.

Mas uma hora o negócio engrena.
Ou não.

Enfim.. enquanto a inspiração divina não chega, vocês podem entrar no site do Tela Digital e votar no curta Finados, produzido pela Spaghetti Filmes aqui de Caxias. É necessário se cadastrar, mas nada que leve muito tempo.

Vejo vocês no próximo mês.
Ou não.