Nunca achei que uma aula de teoria da ciência - num lugar longe de tudo e com colegas que não conhecia - fosse tão interessante. Podem rir, mas era exatamente o que eu estava precisando nesse momento. Estava com saudades de pensar conscientemente.
Acho que a gente trabalha tanto, produz tanto, que ficamos apenas com o popular "pensar automático". É difícil pra quem trabalha, estuda, tem contas pra pagar, coisas pra fazer sempre, parar e pensar de verdade. Sabem o que quero dizer, não? É discutir sobre o porquê das coisas, divagar sobre idéias ditas "inúteis" ou de "ordem não-prática", enfim, refletir sobre esses detalhes que ocorrem toda hora, em todo lugar mas que com essa correria de hoje em dia a gente não se dá conta.
Dentre tantas coisas faladas na aula, uma delas me chamou a atenção. A professora nos passou uma dinâmica de grupo. Tínhamos que montar em 20 minutos, com um monte de legos, algo que ocupasse toda a mesa, que todos participassem da idealização e montagem do projeto. Lógico que numa turma de 20 e tantas pessoas é um pouco complexo isso acontecer. De qualquer forma, as idéias foram surgindo. Uma das sugestões foi um cubo, que logo foi descartada pela falta de praticidade. A escolha por uma cidade foi a que pareceu mais sensata para a grande maioria e assim foram feitas pequenas edificações com os blocos coloridos.
Ao final, a professora fez algumas interepretações sobre essa escolha, sobre nossa estrutura de cidade, sobre elementos presentes, etc. Tudo para demonstrar o chamado conhecimento filosófico. Mas ao comentarmos sobre a possível escolha do cubo, ela chamou a atenção para um detalhe que eu nunca percebi: o cubo é um formato que não existe na natureza, só nas coisas criadas pelo homem. Como nunca pensei nisso antes? (acho que não vai mudar minha vida, mas...) Vou pensar mais, procurar, perguntar aos amigos biólogos se isso é verdade... Alguém aí tem algo que descarte essa tese?
quarta-feira, 11 de março de 2009
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